Comendador Rafael de Almeida,fala sobre 15 de novembro "O Golpe da Republica"




Não conheço outro país no mundo onde um golpe militar sem o apoio da população seja comemorado como feriado, por justiça, também deveria ser comemorado o gople militar de 1964, o contexto, obviamente é outro, mas o ato é o mesmo, a diferença é que em 1964 o povo implorou para que os militares tomasse o poder, temendo um golpe comunista, a exemplo do que acontecera com Cuba, em 1959. Em 1889, o povo foi dormir como monarquia e acordou como uma república, não foi consultado, tudo foi feito de madrugada, até mesmo o exílio do Imperador Dom Pedro II, pois temia-se uma revolta popular para que ele ficasse. O marechal Deodoro, amigo do Imperador, e até então Monarquista, o traiu, ainda não se sabem direito os motivos: o mais provável é que o velho militar foi usado pelos políticos da época em retaliação pela política de abolição dos escravos que o imperador queria fazer, o governo se negava a indenizar os fazendeiros pela perda da mão de obra, outros motivo seria o descontentamento dos militares com a monarquia, pois eles ansiavam por mais poder político, curiosamente, não houve período na história em que os Militares Brasileiros foram mais valorizados, mas isso era pouco para eles, uma pena... Não importa quem ou o porquê, mas sim o depois: 04 Golpes Militares, 07 Constituições, período Ditadorial, cassação do primeiro Presidente Republicano Eleito (Fernando Collor de Melo), 08 moedas diferentes, miséria, desigualdade social e mais recentemente: o Mensalão, por isso eu pergunto: comemorar o quê? Não vivemos uma democracia plena, mas sim, uma ditadura de minorias, o espírito republicano passa longe do nosso Congresso, é uma pena que a população, na sua maioria, desconheça o passado de glória que tivemos com a Monarquia, onde tínhamos um Imperador que incorporava nossos anseios, e valores tradicionais, tão despedaçados hoje em dia, vivemos às voltas com partidos políticos que apenas representam interesses corporativos e não defendem valores, e quando o fazem, é de forma genérica, ontem mesmo, assistindo a uma propaganda eleitorial, o candidato repetia conceitos de Liberdade, honestidade, ideal, revolução, respeito, mas tudo de forma genérica, dizia que faria mudanças, mas não disse como e nem de fato o que ele defende e acredita como certo, sabe como é né? Hoje os conceitos são largos e tudo cabe em nome da eleição, desde defender o aborto, até o direito à vida, depende do que for útil pra ganhar a eleição, eu entendo que princípios não estão à venda e não podem ser relativizados, e aprendi isso com o Nosso Grande Imperador Dom Pedro II, o maior homem público que esse país já teve, sem dúvida falho como ser humano, porém impecável como político de defensor pérpetuo da Nação: Certa vez um soldado Britânico arrumou confusão nas ruas do Rio de Janeiro e foi devidamente Preso, o embaixador Britânico no país se sentiu ultrajado em seu brio e orgulho europeu e foi tomar satisfações com o imperador, que depois de se inteirar dos fatos manteve a prisão do soldado como mandava a lei, o embaixador ordenou então que os navios de guerra britânicos impedissem as embarcações comerciais Brasileiras atracassem no porto, pois a idéia era garantir uma indenização, ( a marinha de guerra inglesa era a melhor do mundo), ao saber disso, o Imperador, ordenou que os navios de Guerra Brasileiros se colocassem em posição de combate, nossa marinha, bem equipada, era a segunda maior do mundo, e o Imperador defenderia a soberania do Brasil a todo custo, pois esse era o seu papel sagrado e Constitucional, O embaixador Inglês não esperava por isso, e logo tratou de recuar e tentar uma saída amigável, pois uma guerra não planejada, entre as duas maiores marinhas do mundo não sairia bem para ele, a questão sobre a prisão do soldado e a pretendida indenização pela Inglaterra foi, com a concordância



de ambos os países, foi submetida a julgamento Internacional, e o ganho de causa foi do Brasil, o soldado Inglês foi julgando, cumpriu pena e logo, deportado. 124 anos depois, em 15 de Novembro de 2013, desconheço uma defesa tão grande dos Interesses nacionais, como essa, vejo, sim, defesas de interesses corporativistas, que querem apenas privilégios, onde quem ganha são grupos organizados, e quem perde é a Nação como um todo.

Comentários

  1. Ótimo texto. Muito bom. História que muitos desconhecem, para não dizer a maioria.

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    1. Acorda jovem. Esse rapaz. Não conhece nada de história.

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    2. Até pra você falar que ele não conhece nada de história, você tem que ter algum argumento plausível pra isso, o que não é o seu caso.

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