Presidente Bolsonaro assiste à entronização do imperador Naruhito, no Japão


Dois mil convidados participaram da cerimônia. Depois, Bolsonaro, ao lado do ministro das Relações Exteriores, teve um encontro com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
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O presidente Jair Bolsonaro e outros 2 mil convidados participaram, nesta terça (22), da cerimônia de ascensão ao trono do imperador do Japão.


Casaca, faixa presidencial e condecorações. Roupa de gala dos convidados estrangeiros para a entronização do imperador Naruhito. Cento e oitenta e três países mandaram representantes.


A cerimônia ocorreu no salão principal do palácio. O grande momento foi quando as cortinas se abriram, mostrando o novo imperador com traje cerimonial. Por causa do tamanho reduzido do salão envidraçado, só os integrantes da família imperial japonesa puderam presenciar de perto. Os convidados ficaram em outros salões do palácio, acompanhando por meio de vidraças e de telões. Entre os presentes, o príncipe Charles, do Reino Unido, o rei Felipe, da Espanha, e o rei Carlos Gustavo, da Suécia.


O desfile em carro aberto por Tóquio foi cancelado, em respeito aos 80 mortos e 11 ainda desaparecidos no tufão Hagibis, na semana passada.


Depois da cerimônia, o presidente Bolsonaro teve um encontro com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que demonstrou interesse em comprar equipamentos militares do Brasil.


Ainda sobre acordos comerciais, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou que está empenhado em começar uma negociação entre o Mercosul e o Japão: "temos sinais de muito interesse do empresariado japonês, por exemplo, de modo que, de alguma maneira, nós pretendemos avançar, sim, nessa linha. É claro para que realmente formalizar uma abertura de negociações, é preciso o arranjo ali do Mercosul”.


Nesta quarta-feira (23), último dia no Japão, o presidente ainda tem encontros com representantes da comunidade brasileira e com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe. Mas, de olho na agenda econômica da viagem, o próximo destino, a China, já está no radar.


Além de tentar aumentar a exportação de carne e soja para os chineses, por exemplo, o governo brasileiro está disposto a negociar a participação da China em grandes obras de infraestrutura no Brasil. “A grande verdade: nós não temos recursos próprios para investir. E nós queremos cada vez mais afastar o Estado. Obviamente nós vamos dialogar, fazer acordos para que investimento na área de infraestrutura se faça presente”, destacou o presidente Jair Bolsonaro.

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