No centro dos direitos humanos fundamentais estão as liberdades de religião, de consciência e de crença: elas influenciam a identidade pessoal e as escolhas essenciais, além de tornar possível beneficiar de outros direitos humanos. Como afirma a Declaração da ONU sobre a eliminação de todas as formas de intolerância e de discriminação baseadas na religião ou crença, a dimensão espiritual da vida é uma parte imprescindível da existência humana. Porém, a proliferação de episódios de discriminação e de violência contra as pessoas, as comunidades de fé e os lugares de culto em várias regiões geográficas do mundo nega na prática o princípio proclamado pela lei. O conflito religioso é um perigo para o desenvolvimento social, político e econômico. O conflito religioso polariza a sociedade, rompendo os vínculos necessários para fazer prosperar a vida social e relacional. Produz uma violência que priva as pessoas do mais fundamental de todos os direitos, o direito à vida. Lança as sementes do desânimo e da amargura que podem ser transmitidas durante gerações. Muitas vezes, a impunidade e o menosprezo de uma parte dos meios de comunicação acompanham tais tragédias. Uma recente pesquisa revela que entre 100 pessoas assassinadas por causa do ódio religioso, 75 são cristãs. Esta concentração da discriminação religiosa deveria preocupar todos. Todavia, nesta intervenção, o propósito da Santa Sé é reafirmar a importância do direito à liberdade religiosa para todos os indivíduos, todas as comunidades de fé e cada sociedade, no mundo inteiro. Constituição Federal consagra como direito fundamental a liberdade de religião, prescrevendo que o Brasil é um país laico. Com essa afirmação queremos dizer que, consoante a vigente Constituição Federal, o Estado deve se preocupar em proporcionar a seus cidadãos um clima de perfeita compreensão religiosa, proscrevendo a intolerância e o fanatismo. Deve existir uma divisão muito acentuada entre o Estado e a Igreja (religiões em geral), não podendo existir nenhuma religião oficial, devendo, porém, o Estado prestar proteção e garantia ao livre exercício de todas as religiões.
Na condição de Embaixador da Paz eu apoio a liberdade de religião.
Conde Rafael Alves de Almeida
=Embaixador da Paz =
Comentários
Postar um comentário